Outro dia, enquanto procurava o caderno de esportes, me deparei com a seguinte manchete no caderno de “Ciência”:
NOVA TEORIA SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO
(Ou qualquer coisa que o valha)
Fiquem tranqüilos, não vou comentar a tal teoria, aliás, sequer li a matéria em questão. E é justamente esse o meu ponto, ninguém, absolutamente ninguém se interessa por isso. As únicas pessoas interessadas no assunto são aquelas que estudam tais eventos, posso até estar enganado, mas não creio que elas ficaram sabendo da suposta descoberta pela Folha de São Paulo. (Cada vez mais a função do jornal é fingir que está informando, mas isso é tema pra outro post). Acredito que falo por todos quando afirmo que o ser humano comum está cagando para origem do universo.
Lembro que num primeiro momento me informaram, “foi Deus quem criou tudo quanto há”. No que perguntei, e quem é esse cara? Grandioso assim? Pai de Jesus? Deu conta de tudo mesmo? Sete dias? Descansou no último? E prédios e pontes? Ahn... mas ele criou o homem também, entendo. Ok, compro a idéia. Fico com o sujeito barbudo de triângulo na cabeça.
Anos mais tarde, nos primeiros estágios de minha educação formal, um professor veio cheio de dedos explicar que a origem do universo não estava em Deus (não que ele não existisse, mas que criação de universo não era bem o departamento dele), mas sim numa grande explosão que liberara matéria cosmo a fora. Bem, me parece mais razoável que um cara com triângulo na cabeça. Ok, compro essa.
Agora novos estudos apontam para a possibilidade dessa história de explosão não ser a mais acertada. Gente, eu comprei a idéia do cara do triângulo, comprei a explosão do nada e vou comprar qualquer coisa que vocês tentarem me vender. Simplesmente porque eu não me importo. Se me disserem que foi o Seu Arnaldo, do 402, que criou o universo, pra mim tá ótimo. Como bem disse o Seinfeld sobre a extinção dos dinossauros, “vocês não resolveram o assassinato do Kennedy, e olha que aquilo foi televisionado”.